Agora escrevemos: 'Ele nunca para para pensar'
Entendendo a regra:
- "Para", "para-brisa" e "paraquedas": fim do acento diferencial e aglutinação
A forma verbal de terceira pessoa do singular do verbo "parar" recebia um acento agudo na sílaba tônica. Escrevíamos, portanto, "pára": "Manifestação pára avenida Paulista", "Ele nunca pára para pensar" etc.Segundo o sistema antigo, entendia-se ser necessário distinguir a forma verbal da preposição homônima. Agora, em consonância com as novas normas ortográficas, esse acento deixa de ser empregado e o contexto se encarregará de desfazer as possíveis ambiguidades.Consequência da supressão desse acento diferencial é a nova grafia de certos substantivos compostos, como "para-brisa", "para-raios", "para-choque" etc. Note-se que a forma "para" que integra esses compostos não é um prefixo, mas a flexão do verbo "parar". Não há, portanto, motivo para cogitar a eliminação do hífen dessas palavras, como já é regra em termos como "paradidático", "paraestatal" etc., nos quais "para-" é um prefixo.Ocorre, é verdade, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não só a eliminação do acento diferencial mas também a aglutinação dos termos "pára-quedas", "pára-quedista" e "pára-quedismo", que agora se escrevem "paraquedas", "paraquedista" e "paraquedismo".A aglutinação dos elementos constitutivos de uma palavra ocorre quando os falantes do idioma perdem a sua percepção. Um exemplo conhecido pode ajudar a entender esse processo: a palavra "embora" é resultado da aglutinação da expressão "em boa hora" (daí dizermos que alguém "foi embora"). Feita a aglutinação, a tendência é que os elementos constitutivos da palavra se tornem cada vez menos perceptíveis.O caso de "paraquedas" nada tem a ver com o fato de tratar-se a palavra de um substantivo - não é, afinal, a classe gramatical que define isso. Muito mais provável é que os seus derivados, "paraquedismo" (antes "pára-quedismo") e "paraquedista" (antes "pára-quedista") tenham sido os responsáveis pela sua aglutinação. Como o usuário da língua não reconhece termos como "quedismo" ou "quedista", sua tendência é aglutinar os termos "paraquedismo" e "paraquedista". "Paraquedas", o termo do qual se originam, acaba aglutinado também por analogia. Uol Educação
A forma verbal de terceira pessoa do singular do verbo "parar" recebia um acento agudo na sílaba tônica. Escrevíamos, portanto, "pára": "Manifestação pára avenida Paulista", "Ele nunca pára para pensar" etc.Segundo o sistema antigo, entendia-se ser necessário distinguir a forma verbal da preposição homônima. Agora, em consonância com as novas normas ortográficas, esse acento deixa de ser empregado e o contexto se encarregará de desfazer as possíveis ambiguidades.Consequência da supressão desse acento diferencial é a nova grafia de certos substantivos compostos, como "para-brisa", "para-raios", "para-choque" etc. Note-se que a forma "para" que integra esses compostos não é um prefixo, mas a flexão do verbo "parar". Não há, portanto, motivo para cogitar a eliminação do hífen dessas palavras, como já é regra em termos como "paradidático", "paraestatal" etc., nos quais "para-" é um prefixo.Ocorre, é verdade, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não só a eliminação do acento diferencial mas também a aglutinação dos termos "pára-quedas", "pára-quedista" e "pára-quedismo", que agora se escrevem "paraquedas", "paraquedista" e "paraquedismo".A aglutinação dos elementos constitutivos de uma palavra ocorre quando os falantes do idioma perdem a sua percepção. Um exemplo conhecido pode ajudar a entender esse processo: a palavra "embora" é resultado da aglutinação da expressão "em boa hora" (daí dizermos que alguém "foi embora"). Feita a aglutinação, a tendência é que os elementos constitutivos da palavra se tornem cada vez menos perceptíveis.O caso de "paraquedas" nada tem a ver com o fato de tratar-se a palavra de um substantivo - não é, afinal, a classe gramatical que define isso. Muito mais provável é que os seus derivados, "paraquedismo" (antes "pára-quedismo") e "paraquedista" (antes "pára-quedista") tenham sido os responsáveis pela sua aglutinação. Como o usuário da língua não reconhece termos como "quedismo" ou "quedista", sua tendência é aglutinar os termos "paraquedismo" e "paraquedista". "Paraquedas", o termo do qual se originam, acaba aglutinado também por analogia. Uol Educação
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