As aulas de ensino religioso nas redes públicas de ensino do País utilizam livros com conteúdo preconceituoso e intolerante, afirma um estudo da Universidade de Brasília (UnB) que analisou as 25 obras temáticas mais usadas nas escolas.
Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o ensino religioso nas escolas deveria garantir "o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo". Segundo a pesquisa, "Laicidade e o Ensino Religioso no Brasil", ocorre o contrário: as publicações estimulam homofobia; impõem o cristianismo (em especial o catolicismo); não destacam religiões afro-brasileiras e indígenas; ignoram pessoas sem religião e estigmatizam a pessoa com deficiência.
De acordo com a pesquisa, alguns livros relacionam o nazismo com falta de religião, afirmam que a ciência só é legítima quando "ligada à ética e a Deus" e criticam o homossexualismo.
Alguns números do levantamento comprovam o cenário alarmante. Das 192 vezes em que algum líder religioso e secular foi citado nas obras, Jesus Cristo apareceu em 81 delas. Líderes indígenas e Moisés, por exemplo, apareceram apenas uma vez cada um. As referências aos grupos religiosos também não apresentam equilíbrio. Predominam as religiões cristãs (65%).
Para Debora Diniz, coordenadora da pesquisa, falta controle do Ministério da Educação sobre os livros de ensino religioso. "O MEC avalia livros de todas as disciplinas, por que não avaliar esses? Isso abre espaço para discriminação religiosa e interfere na formação dos cidadãos." O Estadão
Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o ensino religioso nas escolas deveria garantir "o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo". Segundo a pesquisa, "Laicidade e o Ensino Religioso no Brasil", ocorre o contrário: as publicações estimulam homofobia; impõem o cristianismo (em especial o catolicismo); não destacam religiões afro-brasileiras e indígenas; ignoram pessoas sem religião e estigmatizam a pessoa com deficiência.
De acordo com a pesquisa, alguns livros relacionam o nazismo com falta de religião, afirmam que a ciência só é legítima quando "ligada à ética e a Deus" e criticam o homossexualismo.
Alguns números do levantamento comprovam o cenário alarmante. Das 192 vezes em que algum líder religioso e secular foi citado nas obras, Jesus Cristo apareceu em 81 delas. Líderes indígenas e Moisés, por exemplo, apareceram apenas uma vez cada um. As referências aos grupos religiosos também não apresentam equilíbrio. Predominam as religiões cristãs (65%).
Para Debora Diniz, coordenadora da pesquisa, falta controle do Ministério da Educação sobre os livros de ensino religioso. "O MEC avalia livros de todas as disciplinas, por que não avaliar esses? Isso abre espaço para discriminação religiosa e interfere na formação dos cidadãos." O Estadão
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