A Secretaria de Educação da capital fluminense vai implementar, nos meses de dezembro e janeiro, o Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas Municipais (Proinap) nas unidades de ensino do Complexo do Alemão. O objetivo é adotar um plano psicopedagógico para evitar que traumas decorrentes dos ataques de traficantes na região prejudiquem o aprendizado das crianças.
“Ao longo desses meses vai ser feito um trabalho com as crianças e suas famílias para que elas possam ter serenidade, calma e paz para aprender. Não dá para fingir que nada aconteceu. Além disso, vamos exibir desenhos e redações das crianças, que vão usar essa situação para o aprendizado do que é história”, destacou a secretária municipal de Educação, Claudia Costin.
Ela visitou na manhã de hoje (30) uma escola no Alemão para anunciar as medidas a serem tomadas no retorno às aulas. Hoje as 31 creches e escolas na região funcionaram normalmente, após a paralisação iniciada na tarde da última quinta-feira (25).
A secretária afirmou ainda que os três dias de aula perdidos serão repostos. Para ela, a ação da polícia e das Forças Armadas contra o tráfico na região também deve ser abordada nas escolas. “Não basta retomar o território, é importante retomar a mente e o espírito dessas crianças. Elas têm o direito de sonhar com outro futuro”, disse. “A melhor estratégia não é fingir que nada aconteceu, é transformar essa vivência numa oportunidade pedagógica”, reforçou.
Moradora da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Verônica Moraes trabalha com limpeza e tem dois filhos, um garoto de 11 anos e uma menina de 4 anos. Ela disse que não trabalhou nos últimos dias e que as crianças estão com medo. Verônica contou que, durante a ocupação, só deixou os filhos assistirem a desenhos animados na televisão, para eles não ficarem mais ansiosos.
“Eles ficaram muito nervosos, com medo, ficavam perguntando se a polícia não ia embora, se bandido ia entrar na nossa casa, se iam para escola”, lembrou Verônica. Para a moradora, será difícil retomar a rotina.
“Estão pedindo para a gente retomar a vida, é um pouco difícil, mas a gente vai tentar. De ontem para hoje a energia voltou, a água eu não sei ainda, e fica bastante complicado para a gente que tem filho passar por essa situação. Moramos aqui por questões financeiras, todo mundo quer sair daqui para morar num lugar melhor, mas cadê as condições?”, disse Verônica. Uol
“Ao longo desses meses vai ser feito um trabalho com as crianças e suas famílias para que elas possam ter serenidade, calma e paz para aprender. Não dá para fingir que nada aconteceu. Além disso, vamos exibir desenhos e redações das crianças, que vão usar essa situação para o aprendizado do que é história”, destacou a secretária municipal de Educação, Claudia Costin.
Ela visitou na manhã de hoje (30) uma escola no Alemão para anunciar as medidas a serem tomadas no retorno às aulas. Hoje as 31 creches e escolas na região funcionaram normalmente, após a paralisação iniciada na tarde da última quinta-feira (25).
A secretária afirmou ainda que os três dias de aula perdidos serão repostos. Para ela, a ação da polícia e das Forças Armadas contra o tráfico na região também deve ser abordada nas escolas. “Não basta retomar o território, é importante retomar a mente e o espírito dessas crianças. Elas têm o direito de sonhar com outro futuro”, disse. “A melhor estratégia não é fingir que nada aconteceu, é transformar essa vivência numa oportunidade pedagógica”, reforçou.
Moradora da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Verônica Moraes trabalha com limpeza e tem dois filhos, um garoto de 11 anos e uma menina de 4 anos. Ela disse que não trabalhou nos últimos dias e que as crianças estão com medo. Verônica contou que, durante a ocupação, só deixou os filhos assistirem a desenhos animados na televisão, para eles não ficarem mais ansiosos.
“Eles ficaram muito nervosos, com medo, ficavam perguntando se a polícia não ia embora, se bandido ia entrar na nossa casa, se iam para escola”, lembrou Verônica. Para a moradora, será difícil retomar a rotina.
“Estão pedindo para a gente retomar a vida, é um pouco difícil, mas a gente vai tentar. De ontem para hoje a energia voltou, a água eu não sei ainda, e fica bastante complicado para a gente que tem filho passar por essa situação. Moramos aqui por questões financeiras, todo mundo quer sair daqui para morar num lugar melhor, mas cadê as condições?”, disse Verônica. Uol
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