terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Parte do imbróglio Enem chega ao fim nesta quarta-feira

No último dia 6 de novembro, dois problemas principais aconteceram durante a aplicação da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): todos os cartões de resposta estavam com os cabeçalhos das provas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza invertidos e um lote de provas da cor amarela apresentou problemas de impressão – havia páginas do caderno branco misturadas, fazendo com que várias questões se repetissem.
Nesta quarta-feira (15), chega ao fim parte da novela Enem 2010. A solução adotada pelo o Ministério da Educação (MEC) foi a de reaplicar a prova de Ciências Humanas e Ciências da Natureza somente aos estudantes prejudicados pelo erro de impressão e identificados por meio de uma análise de 116 mil atas dos locais de prova – documento no qual os fiscais anotam problemas ocorridos durante a aplicação do exame.
A nova prova será aplicada a 9,5 mil candidatos em 218 municípios de 17 Estados. Paraná e Santa Catarina concentram mais de 60% dos alunos que foram prejudicados com erros de impressão na prova amarela. Em Santa Catarina, o novo exame será reaplicado em 42 municípios. O maior número de participantes está em Chapecó e, depois, Concórdia. No Paraná, haverá reaplicação em seis municípios, sendo que 95% dos casos ocorreram em Curitiba.
Aos estudantes que se atrapalharam com a inversão do gabarito e não seguiram a ordem numérica, o MEC disponibilizou um sistema online no qual eles poderiam solicitar a correção invertida do gabarito. A estes estudantes não foi oferecida a possibilidade de refazer a prova e muitos reclamaram de problemas que a correção invertida não teria como resolver, como rasuras no gabarito e tempo de prova perdido, além do nervosismo causado.
Um estudante de Fortaleza, no entanto, conseguiu na Justiça Federal o direito de refazer a prova do Enem. Francisco Jonas Braga Bandeira, de 25 anos, não pegou a prova amarela, mas se sentiu prejudicado por ter perdido 30 minutos de prova durante a confusão causada pela inversão dos cabeçalhos no gabarito. Ele recorreu a Defensoria Pública da União do Ceará e recebeu uma liminar para refazer o exame.
A decisão do juiz titular da 2ª Vara Federal do Ceará abre precedentes para que mais estudantes prejudicados que não tenham sido convocados entrem com pedidos de “mandado de segurança”. A alternativa é uma solicitação à Justiça Federal do direito de refazer a prova, uma tutela, mesmo com a ação que pede a anulação do Enem ainda em julgamento.

Recomendações para a prova

A nova prova do Enem será aplicada das 13h às 17h30 (horário de Brasília) e terá as mesmas regras e recomendações do exame realizado em novembro. Os estudante deverão levar documento de identificação original e com foto (RG, carteira de motorista, passaporte, carteira de trabalho, dentro da validade), cartão de Confirmação da Inscrição (o documento foi enviado pelos Correios para a residência dos candidatos e pode ser impresso no site do Enem utilizando senha e CPF) e caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. Por questões de segurança, não será permitido usar canetas de outros formatos, nem lápis, borracha, apontador ou lapiseira.
Ninguém é obrigado a refazer o Enem. Quem foi convocado e não pode ou não quer refazer a prova terá corrigida a prova anterior. O MEC chegou a convocar estudantes que não tiveram problemas com a prova amarela. Para estes candidatos o ministério pede que desconsiderem a convocação.
Os estudantes que solicitarem receberão uma declaração de comparecimento para justificar a ausência ao trabalho. Ig

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