quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Reforma ortográfica ainda patina em Portugal

Em vigor desde o início do ano passado, a reforma ortográfica está longe de ser realidade em Portugal.
Firmado em 1990 pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o acordo foi aprovado no Brasil pelo Congresso Nacional, em 1995, e regulamentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29 de setembro de 2008, por meio de um decreto.

Douglas Tufano diz que Brasil se precipitou ao se adaptar ao novo vocabulário
Para o professor de Língua Portuguesa Douglas Tufano, o Brasil se precipitou ao sair na frente dos demais países com a intenção de pressioná-los a se adaptarem às novas normas. Para ele, o que seria unificação está se tornado reforma unilateral.
"A precipitação do Brasil causou certa situação de defesa da língua pátria. Portugal sempre se manifestou como sendo dona da língua e com mais direitos de tomar iniciativa", afirma.
Por aqui, as alterações atingiram aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual de mudança alcança 1,6% do total.

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O correspondente da Folha em Portugal João Pereira Coutinho ressalta que a oposição às mudanças ainda é muito grande por lá.
João Pereira Coutinho percebe grande oposição dos portugueses frente à reforma
Segundo ele, os que são favoráveis às alterações entendem que o acordo é inevitável para a afirmação internacional da língua. Já os contrários afirmam que a grafia portuguesa tem uma identidade própria e deve ser respeitada.
"Qualquer alteração seria uma submissão ao Brasil e à grafia brasileira", diz Coutinho.






Folha Online

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