quinta-feira, 22 de abril de 2010

O professor tem poder contra a evasão do aluno com dificuldades sociais?

O professor, por estabelecer contato direto com as crianças diariamente, está mais apto a perceber as alterações de comportamentos e/ou aprendizagem que estejam relacionadas a algum problema ocorrido em casa ou no meio onde está inserido em seu cotidiano extra-escolar.
É preciso que o educador tenha um olhar sensível no sentido de não apenas identificar, mas compreender tais mudanças de comportamento, bem como aproximar-se da família do aluno, da direção da escola e das instituições cabíveis, no intuito de formar uma parceria em prol do aluno em questão, articulando soluções.
A sensibilidade e a ação , entretanto, não são garantia de permanência e sucesso escolar das crianças com dificuldades sociais, o que é ainda mais grave quando se trata de acesso, onde é mais difícil ter detectadas pelo professor as alterações comportamentais destes, por estarem fora da escola ainda.
Na luta para garantir ao aluno o direito de aprender que os confere, chega a ser papel do professor atrair e manter os alunos em sala de aula de modo a conduzi-los ao sucesso escolar, porém as dificuldades sociais, que vão desde abandonos, maus-tratos, falta de recursos financeiros para necessidades básicas, convívio com alcoólatras, equívocos dos valores familiares,diversos tipos de violência, etc, são barreiras dessa concretização embora não as únicas. É preciso capacitar os profissionais em Educação, fornecer recursos e meios para integrar a escola ao sistema de garantia dos direitos das crianças, sem estagnar-se achando que sozinhos podem tudo ou o inverso disso.
Evasão e desistência escolares são responsabilidade da sociedade como um todo e apenas pensando assim pode ser amenizado ou resolvido. O professor é agente transformador da sociedade mas sozinho, sem os devidos apoios , recursos e parcerias pouco pode fazer.

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