sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mas por que greve?


Bem sabe-se que greve é a cessação coletiva e voluntária de qualquer atividade (remunerada ou não) realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios, protestar contra algo ou para evitar a perda de benefícios. A princípio as greves não eram regulamentadas e só se tornou um dispositivo democrático em 1988, sendo assegurada pelo artigo 9º da Constituição Federal Brasileira.
Permanece sendo polêmico o direito de greve, mesmo tal exercício mostrando estar devidamente amparado em lei. O pedido de legalidade do movimento grevista é um recurso repressor do sistema capitalista na tentativa de impedir as lutas da classe trabalhadora, permitindo que os patrões permaneçam com a garantia de concentração da renda e do poder.
A greve chega a ser inevitável quando a classe tenta de diversas formas solucionar os conflitos de maneira direta e pacífica mas esbarra com o descaso do poder público. Assim, a Educação de nosso município passa por um período tenso de greve, depois das inúmeras tentativas de negociação e paralisações.
Impossível não tentar contabilizar os danos, que à primeira vista são alarmantes, porém é preciso levar em conta o papel da greve como marco das conquistas e não apenas de imposição. A união da classe em prol de objetivos comuns possibilita ganhos a todos os envolvidos no processo educacional e é preciso levar em conta que além de direito dos trabalhadores , greve é conflito social, e se constitui da comunhão de idéias de uma classe de trabalhadores que há tempos clamam por seus direitos ( que vão desde salários justos às condições dignas de trabalho para que busque efetivar uma educação de melhor qualidade) e deseja ser ouvida e respeitada pelos governos e pelas demais autoridades que ocupam o poder.

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