Por Carla Cinara Luz
Em concordância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) valorizo o ensino focado não apenas no aspecto intelectual do aluno, mas apostando na educação vista a partir da abrangência dos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar na convivência humana, no trabalho, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e manifestações culturais. Nessa perspectiva, a educação escolar deve vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social conforme a própria lei, tornando fundamental estabelecer nas instituições de ensino, metas a serem efetivadas em sua práxis.
Levar a sério essa proposta é ensinar para além das paredes da escola, criando espaço para ensinamentos éticos, morais e outros de necessidade ao indivíduo enquanto ser social.
Como fazer isso?
O tão conhecido adágio “Faça o que falo e não o que faço” é perfeito enquanto representação do que não é assimilado pelo aprendiz em seu comportamento ou na formação do seu caráter e personalidade. Desde bem pequenos costumamos ser bastante visuais, valorizando mais o que vemos e vivenciamos ao que simplesmente nos dizem. O professor, enquanto espelho, deve preocupar-se em ser modelo vivo, ao invés de mero reprodutor oral de conceitos a serem seguidos, do mesmo modo que é desinteressante os pais tentarem transmitir e ensinar bons valores agindo de modo a colocar em xeque suas condutas.
Adianta dar sermões sobre respeito, caráter, cidadania, solidariedade e etc., e paralelo a isso praticar vandalismo, comprar CDs piratas, avançar sinal vermelho, fazer baderna nas ruas, fingir não ver seu vizinho clamar por ajuda?
A escola, assim como a família, deve colocar-se num lugar de vivência das ações louváveis, para que este cotidiano forme cidadãos mais críticos, participativos, questionadores, preparados para o trabalho, para os estudos posteriores e principalmente para a vida, como a LDB sugere e a sociedade clama.
Convenhamos que é muito medíocre apenas dizer que vivemos num país onde as leis existem, mas não são fato.Na educação, como nos demais âmbitos sociais, o homem é o agente transformador, que optando em ser ativo ou passivo à realidade, dará ou não significância às leis e ao cumprimento delas.
Precisamos estar atentos, somos educadores e nossa postura, ação e intervenção são o nosso referencial e o reflexo disso será assistido na TV e lido nos jornais e demais canais de comunicação daqui a algum tempo.
Pense nisso!
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